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quarta-feira, 21 de maio de 2014

São Paulo

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Grevistas bloqueiam avenidas e impedem saída de ônibus em SP

Três terminais importantes foram bloqueados.
Muitos chegaram a esvaziar os pneus dos ônibus.


No segundo dia de greve parcial de motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo quase 2,5 milhões de pessoas foram prejudicadas. Dez garagens de ônibus das 29 que existem em São Paulo estão fechadas. Três terminais importantes foram bloqueados pelos próprios motoristas e cobradores. Muitos chegaram a esvaziar os pneus dos ônibus.
Estações de trens e metrô ficaram lotadas. Por causa do caos no trânsito, o rodízio de veículos foi cancelado. Quem dependia do ônibus para trabalhar, enfrentou transtornos. Na madrugada, às 4h, a população que esperava nos pontos de ônibus se perguntava se a greve ia ou não continuar.
Logo cedo, o caos se formou na capital paulista. Ônibus bloquearam terminais e avenidas da cidade. Veja no vídeo.
São Paulo tem 14 empresas de ônibus que são divididas em oito grupos, chamados de consórcio. Essas empresas são independentes – uma pode parar sem que o consórcio inteiro pare. Três terminais foram fechados: um no centro da cidade (Parque Dom Pedro), um na zona sul (Capelinha) e outro na zona oeste (Lapa).
Durante a madrugada, a Polícia Militar interveio quando grevistas tentavam impedir a saída dos ônibus da garagem. Um cobrador chegou a ser detido pelos policiais. Em seguida, os grevistas cercaram a polícia, que atirou bombas de efeito morar.
5,5 milhões de passageiros
Na maior cidade do Brasil, o passageiro é transportado por metrô, trens e ônibus intermunicipais, que são de responsabilidade do governo estadual, e por ônibus municipais, de responsabilidade da prefeitura.
São 5,5 milhões de passageiros por dia, 15 mil ônibus, 29 terminais e um sindicato que representa mais de 17 mil motoristas e mais 16 mil cobradores.
Na segunda-feira (19), o site do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de São Paulo convocava os trabalhadores para uma assembleia que iria decidir se a categoria aprovava ou não a proposta dos patrões.
No fim da tarde, a página informava que milhares de trabalhadores compareceram à assembleia para a aprovação da proposta e que a categoria aceitou 10% do reajuste, auxílio alimentação de R$ 445 e participação nos lucros de R$ 850.
Ontem, a diretoria do sindicato divulgou um comunicado dizendo que foi surpreendida com a atitude de alguns trabalhadores. Informou que, no dia anterior, mais de quatro mil pessoas aprovaram aproposta apresentada e que o sindicato vai verificar de ontem partiram as manifestações, qual o motivo dessa atitude e porque foi tomada logo depois dos trabalhadores terem aceitado e aprovado a proposta dos patrões.
Ponto e contraponto
O presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus, José Valdevan de Jesus Santos, disse que o sindicato foi pego de surpresa com a paralisação. Além disso, ele falou que não identificou quem está à frente da manifestação, quem comanda e quem orienta o movimento. “Tem muitos trabalhadores que estão aderindo ao movimento, na forçada, nós tentamos conscientizar o máximo dos trabalhadores possível dessa proposta que foi aprovada pelos trabalhadores, a proposta que tem hoje foi aprovada pelos trabalhadores, não foi empurrada goela abaixo, não foi a direção do sindicato que aprovou, foi os trabalhadores que aprovaram”.
A greve foi organizada por funcionários de algumas empresas que prestam o serviço em São Paulo. O motorista Luiz Pereira Lima, que participa da manifestação, critica o que foi acertado sobre o reajuste salarial. “Segundo o sindicato seria 10% o aumento, R$ 850 de participação de lucros e rendimentos, R$ 16,50 no vale-refeição e uma cesta básica de qualidade. Segundo o pronunciamento de Fernando Haddad, o aumento não foi de 10%, e sim 20%, o ticket refeição não foi R$ 16,50 e sim R$ 19, R$ 300 reais para motoristas de carros articulados e R$ 1.200 de PLR. Tá havendo contradições na versão de um dos dois lados e a gente está aguardando pra saber o que foi decidido realmente pra categoria”.
secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, disse que a prefeitura nunca falou em índices de reajuste pros motoristas e cobradores e não interferiu nesse debate de aumento da categoria. Ele disse que isso é um boato. “Não compete à prefeitura interferir nessa negociação privada entre patrão e empregado, sempre foi assim e vai continuar sendo assim, porque senão não tem sentido você ter uma concessão”.
Ontem, o prefeito Fernando Haddad também disse que a prefeitura foi pega de surpresa e que parar o transporte na cidade é inadmissível. “Até onde vai o nosso conhecimento, tanto o sindicato patronal quanto o sindicato dos trabalhadores agiram no sentido de chegar a um acordo que foi submetido aos trabalhadores. Para nós um comportamento inesperado, inadmissível e incompreensível que a população venha a pagar por algo q ela sequer conhece, assim com nós”.

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